Conferência "Da Democratização à Democracia Cultural: Repensando Instituições e Práticas" Porto Santo, 27 abril 2021

Exma. Senhora Vice-Presidente da Comissão Europeia (online)

Exma. Senhora Chefe de Gabinete da Comissária Europeia para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude

Exma. Senhora Ministra da Cultura

Exmo. Senhor Ministro da Educação, que nos está a ver online

Exmo. Senhor Presidente do Governo Regional da Madeira

Exmo. Senhor Secretário Regional de Turismo e Cultura

Exmo. Senhor Comissário do Plano Nacional das Artes

Caros Oradores, Convidados e Participantes

Sejam bem-vindos à ilha do Porto Santo, terra primeira dos descobertas e da epopeia portuguesa e também à recém criada Reserva da Biosfera da UNESCO. Foi a singularidade do nosso património natural, biológico e geológico, bem como a importância da nossa cultura e história que contribuíram em larga escala para que o Porto Santo recebesse este importante galardão.

Foi neste pequeno recanto do Atlântico que, em 1418, aportaram os navegadores portugueses que perdidos numa tempestade, encontraram um porto de abrigo que lhes salvou as vidas. Somos uma ilha ultraperiférica, com mais de 600 anos de história, de resiliência, de dificuldades, mas rica em estórias, em arte e engenho dos nossos habitantes locais e tanta coisa mais para descobrir, em apenas 42 km².

Estamos todos honrados e agradecidos pela escolha da nossa ilha para acolher esta conferência denominada "Da democratização à democracia cultural: repensar instituições e práticas".

É, para mim, uma elevada honra estar nesta sessão de abertura, neste importante evento de onde sairá a CARTA DO PORTO SANTO, um documento estratégico que servirá de orientação consensual para a dinamização de políticas e processos culturais mais democráticos, no reforço do papel das Artes, do Património, da Educação.

Desde a primeira hora, o Município do Porto Santo associou-se, de forma entusiástica, ao Ministério da Cultura, ao Plano Nacional das Artes e ao Governo Regional, na dinamização de um projecto territorial, associado ao Plano Nacional das Artes, que engloba uma antiga escola primária, de relevância social, cultural e de extrema importância arquitectónica.

Por isso, acredito, desde o primeiro momento, no potencial deste plano estratégico "ESCOLA DO PORTO SANTO", e nesta feliz parceria que envolve ainda a Associação Porta 33, na visão partilhada da criação, na antiga Escola do primeiro ciclo, de uma sede de pensamento e de residências artísticas, com um grande impacto na nossa comunidade local e regional.

Julgo que é fundamental, o debate e sensibilização para a premência da transformação de práticas e a promoção de uma visão cultural que valorize o PLURALISMO, A INCLUSÃO, A COESÃO SOCIAL E A CIDADANIA e também pensar de forma estratégica sobre o papel do cruzamento de políticas no âmbito da cultura e educação.

Todos devemos ser levados a reflectir sobre o PODER DAS ARTES, do património e da cultura na vida dos cidadãos, em especial nas comunidades educativas, bem como estimular o desenvolvimento das instituições culturais, no nosso território educativo.

Felicito, por isso, o Ministério da Cultura, o Plano Nacional das Artes e toda a sua equipa, por ocasião da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, deste projeto e pela excelência da organização desta conferência, da elevada qualidade dos seus oradores e intervenientes e pela escolha do Porto Santo, pelo que reitero o meu mais profundo agradecimento.

Desejo um bom trabalho a todos e que os resultados desta discussão, que sairá em forma de documento "A CARTA PORTO SANTO" seja um elemento único, diferenciador e fundamental para colocar a "Ilha Dourada" no centro do pensamento de processos culturais mais democráticos e elevar, também, as Artes, Património e Educação, no patamar que deve estar, no centro das políticas públicas.

Acredito que a periferia insular, da ilha do Porto Santo, é uma mais valia, para este centro de reflexão e de irradiação de políticas culturais para a Europa.

Bem hajam! Muito obrigado.