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Salinas, Fontanários, Poços e Noras
SALINAS
Durante algum tempo, no Porto Santo, tentou-se desenvolver a indústria de extração do sal das águas do mar. A mais antiga construção de que há conhecimento é a da praia da Fontinha, que se encontra atualmente em ruínas.
FONTANÁRIOS
Especialmente no Porto Santo, onde era um recurso muito escasso, a água ditou a ocupação do povo no território. Na atualidade existem marcas desta busca incansável pelo recurso indispensável à sobrevivência das populações nos inúmeros furos existentes, um pouco por toda a ilha. Nos finais do séc. XIX a Câmara Municipal do Porto Santo mandou construir os primeiros fontanários e lavadores públicos aproveitando as nascentes que já existiam. Os fontanários do Porto Santo são o testemunho vivo da cultura porto-santense e eram pontos de encontro entre os seus habitantes onde se partilhavam histórias, cantigas e as vivências da ilha. Os fontanários principais são construídos em alvenaria de pedra rebocada com arco de volta inteira rematado por cornija, com pia em cantaria e a gravação das iniciais de Câmara Municipal do Porto Santo (CMPS), bem como o ano de construção.
POÇOS E NORAS
Estruturas circulares, conhecidas localmente por "poços", do tipo cisterna, construídas em pedra emparelhada de onde era elevada a água do subsolo utilizando a tração animal ou o vento, através de noras. Localizados ao longo das principais linhas de água ou junto ao litoral sul, existem cerca de 45 destes vestígios arqueológicos, alguns em razoável estado de conservação e que denotam um grande cuidado construtivo e rara singularidade arquitetónica. A água doce era um recurso tão escasso que um alvará de 1854 facilitava o financiamento para a construção de poços pelos proprietários das terras o que pode explicar a sua enorme quantidade atendendo à reduzida dimensão da ilha.